domingo, 11 de julho de 2010

ÉPOCA Debate: O que dá certo em educação?

ÉPOCA convida leitores e especialistas para discutir os problemas do ensino e as políticas que dão bons resultados nas escolas do país
REDAÇÃO ÉPOCA

Cajuru, cidade de 24 mil habitantes no interior de São Paulo, tem as melhores escolas de 1ª a 4ª série do país. A excelência da pequena rede foi revelada pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), avaliação da qualidade do ensino no país feita pelo Ministério da Educação. O indicador combina resultados de provas de matemática e língua portuguesa com o porcentual de aprovação dos alunos. Cada escola, cidade e Estado tem uma nota de 0 a 10 e uma meta para cumprir. Das 43 mil escolas avaliadas em 2009, só 19 conseguiram tirar nota acima de 8. Seis estão em Cajuru.

A meta para o Brasil é chegar a 2021 com nota 6, a média dos países desenvolvidos. Hoje, menos de 10% das escolas conseguem tirar 6 ou mais.

Segundo a secretária de Educação de Cajuru, Isabel Ruggeri Ré, a explicação para o sucesso do município paulista é a combinação de quatro fatores: orçamento alto para a educação (30% do total municipal, enquanto a lei determina 25%), qualificação dos professores, reforço escolar e envolvimento dos pais.
Nos próximos anos, o desafio dos poderes públicos e das autoridades será reproduzir experiências assim pelo país. Como aproveitar as lições como as de Cajuru em cidades maiores ou mais pobres? Quais são as políticas que dão certo? Quais não funcionam? Quais ações melhoram o ensino no longo prazo e quais miram apenas resultado em ano eleitoral? Como o próximo presidente deve conduzir as políticas de educação para garantir que o ensino melhore em todas as escolas?



Essas são algumas das questões na pauta do ÉPOCA Debate Educação, parte de uma série de eventos sobre os temas mais importantes do país que devem constar na agenda do próximo presidente. O debate, aberto a todos os interessados, será no dia 20 de julho na sede da Editora Globo, em São Paulo. Os debatedores serão o educador José Marcelino de Rezende Pinto, da Universidade de São Paulo, a socióloga Maria Helena Guimarães de Castro, ex-secretária de Educação de São Paulo, e o economista Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e criador do Ideb.

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